A Ferrari aproveitou a pausa de duas semanas da Fórmula 1, imposta pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), para fazer uma atualização muito importante no túnel de vento, única atualização permitida no período que as fábricas são obrigatoriamente fechadas.
Os regulamentos da FIA permitem que as equipes realizem trabalhos no túnel de vento quando a instalação precisa estar fechada.
E a Scuderia aproveitou a oportunidade para adaptar os equipamentos de sua instalação, projetada por Renzo Piano, com uma intervenção muito importante: a Ferrari equipou-se com uma esteira mais moderna que deve permitir aos aerodinamicistas, liderados por Diego Tondi, uma investigação mais completa e precisa.
De acordo com os rumores, a esteira, que costumava ser feita de uma matriz de metal, foi substituída e agora está usando materiais mais inovadores. O túnel de vento de Maranello agora tem um novo piso “emborrachado”, o que deve representar um avanço no trabalho de pesquisas.
O motivo é bastante simples: os monopostos com efeito solo são capazes de gerar mais carga quanto mais próximo o assoalho estiver da esteira (um rolo sofisticado sobre o qual as rodas do carro se apoiam, viajando na mesma velocidade do ar – máx. 180 km/h – que é acionado pelo ventilador no modelo em escala de 40%).
A Ferrari, ciente da importância de encontrar uma correlação perfeita entre os dados coletados no túnel e os da pista, não hesitou em fazer uma grande atualização em seu túnel de vento, que durou duas semanas e um dia. Se a equipe do Departamento de Corridas da fabricante italiana já estava ativa no domingo, a parada no túnel durou até segunda-feira.
A Red Bull, iniciou a construção de um novo túnel de vento em Milton Keynes (para onde também convergirão os aerodinamicistas da RB), enquanto o mais recente túnel de vento da Aston Martin está quase pronto em Silverstone. A Sauber, em meio à transformação da Audi, terá uma nova instalação até 2026.
Fonte: Motorspost
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