Flavia Saraiva mira mais medalhas rumo a Los Angeles 2028

Flavia Saraiva fechou sua participação nas Olimpíadas de Paris com o bronze por equipes e uma nona colocação no individual geral. A ginasta de 24 anos já começa a traçar planos para os Jogos de Los Angeles 2028. Por um legado da inédita medalha, ela quer continuar à frente da seleção brasileira e conquistar mais pódios a caminho de sua quarta edição de Olimpíadas. Flavinha foi peça fundamental para a equipe brasileira se apresentando nos quatro aparelhos tanto no bronze olímpico quanto na prata do Mundial de 2023, ano em que também foi bronze no solo.

Penso em continuar. Amo representar o meu país. Não é fácil fazer o individual geral. Este ano como tive algumas lesões, não consegui treinar da melhor forma possível. Consegui recuperar a paralela nos 50 do segundo tempo. Quero continuar, quero ter mais medalhas em Mundiais. Sei o quanto é importante para a equipe continuar. Sempre falo: “Ai, Rebe, por favor, continua, nem que seja três aparelhos”, porque a gente quer classificar para as próximas Olimpíadas, a gente não quer perder esse legado da ginástica. Mas é ano a ano, não tem o que fazer. Espero que meu pé aguente – disse a ginasta.

Flavinha foi peça fundamental para a equipe brasileira se apresentando nos quatro aparelhos tanto no bronze olímpico quanto na prata do Mundial de 2023, ano em que também foi bronze no solo. Rebeca Andrade, por sua vez, deixou seu futuro em aberto, apesar de acreditar que a prata da quinta-feira tenha selado sua despedida do individual geral.

Rebeca ainda tem três finais por aparelhos em Paris (salto, trave e solo) e vai ter a companhia de Júlia Soares na trave. Finalista da trave na Rio 2016 e em Tóquio 2020, Flavinha desta vez vai ficar na torcida pelas companheiras.

Fico muito feliz com os resultados. Eu queria estar melhor. Queria ter feito melhor algumas séries nas classificatórias para estar nas finais, mas estou feliz pelas minhas amigas, que estão nas finais. Tive algumas lesões este ano, nas costas e no ombro. Isso abalou um pouquinho o treinamento, mas eu tinha o pessoal junto comigo, as meninas, o Xico (Francisco Porath, técnico), a equipe multidisciplinar, minha família. Mesmo com aquela queda no aquecimento, eu disse: “Já tive tanta dor neste ano que nem tô sentido meu rosto, mas vamos embora”. Queria estar na final de trave e de solo, mas entendo que às vezes não é da forma que a gente quer. Eu conquistei minha medalha olímpica. Sou medalhista mundial, então não preciso provar nada para ninguém. Não consegui fazer meu melhor, mas mesmo com todas as adversidades, consegui voltar a fazer ginástica e competir.

Foto: REUTERS/Amanda Perobelli